Recepção dos noivos.São recebidos com abenção dos familiares

Recepção dos noivos.São recebidos com abenção dos familiares

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Casamento Tradicional em Santiago-Cabo Verde


Fotografia: Càndida Barros

Na origem do povo Cabo-verdiano nem sempre o casamento esteve presente, por este ser fruto de fusão de culturas, dos povos que vieram de Europa na época do descobrimento e dos que chegaram da África, com o objectivo de serem escravizados e traficados para outros continentes, e, muitas vezes este encontro acontece de uma forma acidental, já que a maioria tinham famílias no pais da origem.





Fotografia; Càndida Barros

 Por isso, inicialmente em Santiago não se falava em casamento como matrimónio, mas sim, como uma união de laços, de afinidades e de inter-ajuda, considerados pontos fulcrais na família tradicional cabo – verdiana. Não é por acaso que se encontra no seio da família tradicional “irmãos” que não são de sangue mas que foram criados por mesma linhagem.

Na tradição do casamento iremos encontrar um ponto alto que é a festa, porque era escasso  homem e mulher que se casavam, e quando isso acontecia o motivo era festejado com muita pompa, o que ainda hoje acontece no casamento.

Fotografia: Cândida Barros

São esses factos que fazem com que o casamento seja algo extraordinário tornando-o num acto nobre, principalmente quando um homem livre encontra uma mulher também livre e terem o privilégio para celebrarem o acto de amor.


Mas antes da cerimónia oficial do casamento, os namorados têm que ter aprovação dos pais da noiva.


Na tradição santiaguense, um grupo de pessoas próximas do namorado dirige-se à casa dos familiares da namorada para pedir a mão desta em casamento.Muitas vezes há consentimentos e outras não.
Não havendo permissão por parte da noiva, ou ,dos pais desta , o homem mostra o seu “machismo”, "rapta" a noiva à força para casa dos seus parentes. Depois do facto consumado, cabe a estes informarem à família da mulher rapatada o paradeiro desta até que a situação seja resolvida. Às vezes pode dar num casamento ou acabam por viverem maritalmente.
A beleza do casamento

Fotografia: Cândida Barros
A festa começa com a cedência da rapariga em casamento, que já fica considerada noiva. A tradição manda que ela passe a usar cordão branco na cabeça até ao enlace, como sinal de mulher comprometida.
Uma das formas de celebração é fazer a publicação do acto perante a igreja e sociedade, e, isto era motivo de festa e alegria.

 A festa era tão grande que a noiva não podia vestir-se de preto durante 1 ano, mesmo que se lhe morresse um familiar perto (os pais). 

Fotografia:Càndida Barros
A outra parte que também é marcante na tradição em Santiago é a de não se poder fazer celebração do casamento na época de quaresma, porque não é uma altura ideal para a festa, principalmente numa sociedade maioritariamente católica, que é considerado época de jejum.
O termo muito antigo e sem tradução “Kabum” é usado como um pré-aviso daquilo que não é aceitável ou não é bom. O mês de Agosto também não é muito aconselhável para o enlace, por causa da sementeira, e, todos têm que estar atento às chuvas: perder uma chuva é perder uma “as água” , ideal é a de Maio a Julho, considerados meses de festas e arraiais (festas tradicionais). Se chover no dia de casamento atribuem culpa ao noivo que escolheu um mau dia para se casar.
“Chuva no dia do casamento é sinónima de homem que come na panela” um dizer de santiaguense.

Fotografia:Cândida Barros
O aspecto da festa
O foguete dá sinal de festa. A falta de previsibilidade faz com que haja comida para todos.  No casamento tradicional santiaguense, feijão pedra , bode, xerém  não podem faltar. São sinaIs de festa "rija".
 Os dias que antecedem ao casório, todos os familiares juntam-se em casa da noiva para preparação da cerimónia, é um momento de muitas comemorações. Mas, a festa não é só por causa do casamento em si, mas também, por falta  falta de abrigo porque muitas vezes a casa tem poucos compartimentos, então faz-se a festa com o objectivo de todos ficarem acordados durante a noite. Nas tradicionais «tchabetas» da batucadeiras, a noiva é chamada para o terreiro para dançar e cumprimentar os presentes.
O aspecto de bênção no casamento

Fotografia:Cândida Barros
Bênção é uma nota forte no casamento tradicional.Durante a cerimónia os noivos devem ser abençoados pelo padre, e em casa também serão abençoados pelos pais.
É obrigatório ter pessoas de família  para os  receber e dar bênção.
O ritual de Bênção
Ao homem é dado uma bênção para “fora de casa” pois é ele quem trabalha e trás a comida à casa, ao contrário da mulher que recebe bênção para dentro de casa, ela que tem o papel de cuidar e preservar a família.
O «copo de água»


Fotografia: Cândida Barros

O copo de água é servido em casa dos pais da noiva. A meio da festa, ela desaparece misteriosamente, mas, por detrás disso, tem um aparato de formalidades. Pessoas que esperam num lugar meio escondido para fugir com a noiva que passa a pertencer a família do marido. Junto com a fugitiva levam a sua mala ou “trouxa”com os seus pertences. A mãe ao dar por falta da filha chora a perda do elemento da família.
A festa continua em casa dos pais do noivo, que vê o seu elenco familiar acrescido com a chegada da nova que passa a ser condiderada uma "filha".
Fonte: Padre Constantina Bento


O que é o casamento?

O presente trabalho enquadra-se na disciplina Atelier de Criação, com o objectivo de realçar mais um pouco os traços culturais do nosso país que estão caindo em desuso. No trabalho consta a importância da virgindade no casamento, a despedida de solteiro, o casamento religioso, listas de casamento, etiquetas, buffet, entre outros aspectos.

Fotografia: Daniela Robalo
Fonte: Linda Barreto
Utilizamos como método algumas entrevistas, e alguns artigos que retratam a história do casamento tradicional. Ao longo do trabalho, conseguimos constatar que hoje o casamento já não possui o realce que tinha antigamente, cada dia está perdendo o carácter tradicional. Daí surgiu o nosso interesse para trabalhar o tema, embora existem poucos materiais disponíveis, recorremos às entrevistas para iniciarmos e concluir o nosso trabalho.
Casamento, casório ou matrimónio é o vínculo estabelecido entre duas pessoas, mediante o reconhecimento governamental, religioso ou social e pressupõe uma relação interpessoal de intimidade, embora possa ser visto por muitos como um contrato.
As pessoas casam-se por várias razões, mas normalmente fazem-no para dar visibilidade à sua relação sexual, ou para obter direitos como nacionalidade. Um casamento é frequentemente iniciado pela celebração de uma boda, que pode ser oficializada por um ministro religioso (padre, rabino, pastor…), por um oficial do registo civil (normalmente juiz de casamento), ou por um indivíduo que goza de confiança das duas pessoas que pretendem unir-se.

Importância da virgindade no casamento

Segundo a tradição antiga, o casamento é o ponto alto na vida de qualquer mulher. Para atingir esse objectivo é necessário ser-se virgem, que vale dizer não ter relações sexuais antes do casamento. Mas, antes dessa fase, os futuros noivos devem manter relação de intimidade muito próxima, equivalendo ao que se designa por fase de “namoro”, o futuro casal não pode manter relações sexuais. Não há um limite de tempo para os noivos se conhecerem. Tudo dependerá da vontade dos mesmos ou dos seus familiares quanto ao momento ideal para se casar.

Fotografia: Daniela Robalo
Fonte: Linda Barreto

Partindo do princípio que é a chegada da formulação do casamento, inicia-se um conjunto de rituais para o grande dia com os mais velhos a dois prepararem os noivos para a vida a dois. Dois dias antes do casamento, os noivos são separados e só podem aproximar-se no dia do casamento. Enquanto decorre a festa, os familiares mais íntimos da noiva (mãe, ou madrinha de casamento) preparam a cama onde vai dormir o casal na primeira noite do casamento. Reza a história que se a noiva não é virgem, ela que tem revelar antes do casamento para que tudo esteja em ordem na noite de lua-de-mel, nomeadamente os truques para manchar o lençol de sangue fingindo assim que ela era virgem. A noiva só pode revelar este segredo a alguém da sua confiança, que neste caso é a mãe ou a madrinha. Na ilha de Santiago, por exemplo, é a madrinha quem prepara os truques para manchar o lençol, pois, a mãe pelos vistos não pode ter o desgosto de casar a filha sem “três vinténs” ou “bedja”. Os “três vinténs” ou simplesmente “três” é o termo que sempre foi utilizado ao longo dos tempos para designar a virgindade.
Na tradição Cabo-verdiana, geralmente a mãe parece ser quase impossível que tenha conhecimento de que a filha não é virgem. Os mais conservadores fazem questão de educar as suas filhas para o casamento que é para todos os efeitos o maior orgulho de uma família. Partindo do princípio de que a rapariga não é virgem, proceder-se-á vários truques para preservar a honra da moça, feitos pela madrinha, e normalmente sem conhecimento da mãe e restantes familiares da noiva. Na noite de lua-de-mel, enquanto decorrem os festejos que podem prolongar-se até ao dia seguinte, os recém casados recolhem-se para o aposento já previamente preparado para os receber.
Independentemente do que aconteceu naquela cama, o facto é que a madrinha já tem tudo preparado para mostrar aos pais do casal no dia seguinte. O truque consiste em manchar o lençol da cama com sangue de cabeça de galinha. Este método, segundo a tradição, é usado com muita frequência porque é o que mais se aproxima do sangue da virgindade. Como é da praxe, logo pela manhã a madrinha entra no quarto do casal levando consigo e de forma escondida o lençol já devidamente manchado. Passados alguns instantes ela sai do quarto com uma trouxa na cabeça dançando e entoando canções tradicionais. Neste momento começa o lançamento de foguetes como sinal de que a rapariga (noiva) era virgem e constitui um “orgulho” para a família. Durante o dia fazem demonstração pública da honestidade da rapariga com a madrinha colocando uma trouxa na cabeça e ladeada pelos recém casados e um pequeno grupo de famílias.
De acordo com a tradição ela deve primeiro, visitar a casa dos ais da esposa para lhes provar que a filha era virgem, exibindo o tal lençol manchado de sangue. De seguida rumam-se á casa dos pais do marido para o mesmo fim. Embora não sendo um costume que se repete em todas a ilhas do país, em Santiago por exemplo, a madrinha só deve exibir a prova da virgindade da rapariga aos pais do casal. Assim, com o cumprimento desta prática terminam as festas os pais e toda a família do jovem casal respiram-se de alívio porque cumpriu a tradição e se preservou a honra e o bom nome da família e da própria comunidade.
No entanto, nem todos podem ter a mesma história e um final feliz como esse casal. Se a noiva não for virgem enganava os próprios pais e o próprio noivo fingindo que é virgem. Para poder se casar teria que ter muita coragem e muita pouca vergonha na cara, isto porque quando se pede a mão de uma moça em casamento parte-se do princípio de que é “imaculada” por isso na comunidade não se questiona se fulana de tal que vai casar-se com beltrano é virgem ou não. O curioso nisto é que os noivos não podem, ou pelo menos não devem, manter relações sexuais antes do casamento. O acto é sagrado e seria pecado a prática sem a devida “autorização” da Igreja Católica, através do casamento, por mera educação religiosa ou simplesmente por preferirem guardar esse grande dia para noite de núpcias. Nessa noite, o casal recolhe para os seus aposentos como habitualmente. A grande expectativa será no dia seguinte, porque os pais e toda a comunidade está ansiosa para receber novidades.
Durante a noite infelizmente o marido acaba por descobrir que a mulher não é virgem. Geralmente, não se pode saber se houve ou não discussão entre os recém-casados durante a noite. A tradição diz que o marido ao tomar conhecimento da ausência da virgindade na mulher interrompe imediatamente o acto sexual que por sua vez deve continuar até ao fim mas fora da cama. A cama deve manter-se bem arrumada e sem sinais de que tenha sido usada durante a noite.
Independentemente da forma como terá decorrido a noite, o importante neste caso é ausência da virgindade da jovem esposa. O marido, por conseguinte, deve levantar-se muito cedo para dar “satisfação” á comunidade. Antes de sair do quarto deve vestir-se a rigor, ou surja a mesma roupa que levou para o casamento. Um pé das calças deve ficar pelos joelhos enquanto o outro permanece de forma normal. A camisa fica fora das calças e desabotoadas e não deve trazer gravata. De seguida, sai á rua ou sobe para o telhado da casa onde vai permanecer por tempo indefinido, pelo menos até que seja visto por todos os habitantes daquela comunidade. Quando isso acontece é sinal que a noiva era “bedja”, tornando o marido motivo de chacota entre a vizinhança. É algo que vai manchar para sempre a vida de qualquer casal.
Hoje não se questiona a importância da virgindade no casamento como antigamente. A tradição ainda existe, principalmente no interior da ilha de Santiago, mas já não possui as características dos tempos dos nossos avôs. A própria legislação Cabo-verdiana nunca previu dissolução do casamento com base na ausência da virgindade.

Momento que antecede ao casamento

A despedida de solteiro é um marco na vida dos noivos. Para além de ser um momento que antecede o casamento, é uma oportunidade para festejar uma das fases mais importantes da vida dos futuros cônjugues.
Duas semanas antes do grande dia, os amigos e familiares dos noivos preparam com afinco a despedida de solteiro. Hoje, a tradição mantém-se, mas os costumes renovaram-se. Marca-se um jantar, onde os anfitriões são vítimas das brincadeiras dos amigos, sobretudo as noivas, que recebem presentes eróticos, bebe-se além da conta e dança-se batuque até as altas horas de madrugada.
Normalmente as despedidas de solteiro dos noivos acontecem em separado. Mas nada impede a realização de uma festa comum. Se esse fôr o desejo dos noivos. Isto pode-se  fazer sentido se o casal tiver muitos amigos em comum. Há também quem combine um encontro “acidental” entre o grupo da noiva e o grupo do noivo. Isto significa que o jantar e as horas iniciais da festa se passam de maneira a que os rapazes e as raparigas se divirtam à vontade e em separado, mas, depois  todos se juntam e divertem-se ainda mais. Esta opção exige, claro, que ambos marquem as festas para a mesma data.
O momento inclui muito divertimento e até alguma loucura. Para que tudo corra bem, é preciso planeá-la cuidadosamente.

Trajes para o casamento

Casamento
Em termos religiosos, em Cabo Verde, os casamentos seguem o padrão universal. Será talvez um pouco estranho. Aqui, faz sempre muito calor, seja verão ou inverno, pelo que vemos muitas pessoas à porta de uma igreja, de fato e gravata, de vestido branco comprido, de sapatos de verniz preto ou sandálias de salto alto.
Mas é assim. Como em qualquer outro país, às regras da instituição, casamento segue à risca, apesar do sofrimento de quase se sufocar de calor dentro de tanta roupa, especialmente os homens e a sua gravata.
Com uma particularidade, nos casamentos há um grupo de amigos e de amigas dos noivos que têm uma função especial e, por isso, se vestem ainda mais vigor. Elas são as damas, e eles os cavaleiros. De branco e roxo, dependendo dos gostos dos noivos quanto ao vestuário, com flores bordadas nos ombros, luvas brancas até aos cotovelos, malinha debaixo do braço, pulseiras e gargantilhas, elas. De calças pretas pregueadas e muito bem vincadas, camisa branca sem gravata e cinta roxa, anéis e pulseiras, por vezes fios ao pescoço, tudo em ouro legítimo (eles).
Formam o grupo de apoio aos noivos, uma espécie de guarda avançada. À entrada e à saída da igreja colocam-se frente-a-frente e erguem as mãos unindo-as no alto, fazendo assim uma espécie de túnel para os noivos passarem. São uma barreira humana para o casal, sendo que invariavelmente a noiva chora sempre muito e o noivo também não lhe fica mal deitar uma lagrimazita.
Temos de frisar que até nos casamentos se chega atrasado. E não estamos a falar do usual atraso da noiva. Chegam atrasados os noivos, os convidados e até o padre. Em Cabo Verde, aparentemente nunca se tem pressa para nada, o que é bom porque se evita o stress. É por isso que quando se acaba a cerimónia os noivos ficam por ali, à porta da igreja, a receber os intermináveis cumprimentos, ao sol, rodeados de amigos, dos noivos, é sempre um Mercedes descapotável, tem de ser descapotável para que os noivos possam depois ir acenando para o povo num sol abrasador.
Por fim segue-se a famosa festa, o copo-d´água e muitos panelões de comida. Em Cabo Verde as pessoas adoram uma bela festa e o casamento é o melhor pretexto para fazer “festa”.

Lua-de-mel

Para muitos, a lua-de-mel é um momento único que deve ser vivido de maneira especial para que se torne de facto inesquecível. Mas para alguns a lua-de-mel pode ser eterna, os momentos se repetem constantemente.
A lua-de-mel não é um simples passeio de férias, mas sim a primeira e mais importante viagem romântica que um casal faz, marcando o início de uma nova etapa em suas vidas. é a primeira oportunidade onde o marido e a mulher deixam as suas rotinas para desfrutarem essa experiencia que tem data para começar, mas não tem para terminar. É por esse motivo, que um ditado conhecido vem sendo adaptado para os dias de hoje: quem casa, viaja.
Quanto a origem existem várias versões. A mais conhecida diz que as tribos germânicas que se casavam e, durante um mês inteiro, na lua no, tomavam a mistura bem doce feita com mel para terem sorte.
O que interessa é que a lua-de-mel faz parte do sonho de qualquer casal que busca momentos e lugares sublimes para viverem seu grande amor.

Lugares de honra no copo d´água

Fotografia;Cândida Barros
É o centro de todas as atenções, os noivos devem sentar-se numa mesa colocada em local destacado, para serem vistos por todos os convidados e de onde, ao mesmo tempo, possam vislumbrar toda a sala.
A acompanhá-los deverão estar as pessoas mais íntimas e com especial simbolismo neste dia: pais, padrinhos. Naturalmente todos deverão estar virados de frente para os convidados.
Quem paga o quê
Família da noiva:                                                   família do noivo
Vestido e acessórios                                               fato
Bolo de noiva                                                          alianças
Copo d´água                                                             bouquets da noiva
Roupas para os meninos as alianças                      músicas para a cerimónia
Convite e outros impressos                                     flores para a lapela
Transporte da noiva ao local de celebração            despesas do registo
Lembranças para convidados                                   aluguer do carro
Música ambiente

Actualmente, há uma maior flexibilidade quanto a estas regras. As famílias conversam, para que juntos estabeleçam quem vai pagar o quê. O montante do copo-d´água, como é normalmente o mais elevado, poderá ser dividido . Mas, se uma das partes tiver um número de convidados bastante superior à outra, o ideal é cada um assumir os custos dos elementos que façam parte da sua lista.